Sunday, October 26, 2008

"De grátis!"

Ficou muito difícil conseguir alguma coisa confiável na web com essa política do "all free", o nosso popular "de grátis". Todos estamos - mal - acostumados a conseguir tudo de graça na rede. Existe aquela história - verdadeira! - de que "there's no free lunch", que, no final das contas, tudo tem o seu preço. 

As empresas para fazerem frente a essa maré por coisas graciosas optaram por usar um subterfúgio, adotaram a política de "enrolar até aonde podem no processo de venda" iludindo o consumidor. Você acha que está obtendo alguma coisa grátis, mas está redondamente enganado - ou será, como descubrirá logo em seguida!

Baixar de graça não significa que é possível usar de graça - "Download for free don't means that you can use it for free!" - Voce baixa o software, descompacta, instala e logo depois descobre o pega ratão, o programa avisa: insira o número de série ou instale com um prazo de validade de x dias. Não é que isso esteja errado, mas porque não avisar logo "de cara" que não se trata de um "freeware", mas de um "shareware"?

O problema é que você instalou um lixo, um "inutilitário" no seu pc e que, mesmo que exista um desinstalador para a trapizonga, sempre ficam aqueles "traços" no seu registro. Se você instalar com freqüência programas e desinstalá-los, logo terá problemas com o seu sistema. Volto ao ponto: porque não avisar de cara que se trata de um programa shareware?

Sim! É possível encontrar programas que removem o lixo deixado durante a desinstalação desses lixos, mas muita atenção! A grande maioria deles funciona dentro do mesmo esquema, ele avisa que você tem lixo, mas só limpa se você inserir o número de série ou... Quer dizer, para se livrar de um lixo você pode acabar com dois!

Baixar de graça e usar de graça não significa que o programa preste para alguma coisa - Download for free and even if you can use it for free, don't means that the program will work properly" - Muitas vezes, só depois de instalado é que você descobre que o programa não é funcional. Por exemplo: indica a existência do vírus, mas não o remove(?) - caso semelhante ao citado no programa desinstalador do parágrafo anterior. Programa útil, não é mesmo?

É preciso uma mudança de mentalidade geral na rede. Não há erro em querer de graça, assim como não há erro em querer vender. Se você procura num mecanismo de busca por programas freewares, deviam aparecer os produtos realmente freewares. Mas esse não é o caso, tentando uma venda, muitos produtos pagos "se inserem" através do uso de "keytags" mentirosas para aparecerem nos resultados da sua busca.

Com sempre, uma questão de ética.

Monday, May 26, 2008

Globalização

A globalização é filha do egoísmo. Explicando: os temas globais só passam a interessar ao vivente local quando também passam a afetar o local. O mundo está preocupado com a devastação da floresta amazônica, preocupação mundial - já que estamos todos embarcados nessa mesma nave terra. O mundo não está nem um pouco preocupado com as vítimas da violência no Brasil - as 50 mil vítimas anuais são um problema nosso, e só nosso.

Poderíamos esperar um comportamento diferente? Obviamente não! Como? Nos enquadramos nesse mesmo grupo, somos todos adeptos de São Mateus, "primeiro os meus". Eu sempre digo que o paraíso terminou na época de Adão e Eva; de lá para cá restou essa vida complicada de conflitos de interesses. Sou cético, não acredito que somos tencionados para o bem, coloque qualquer um numa situação limite e a parte animal domina a racionalidade.

Eu sei, existem as exceções que servem para justificar a regra. São os santos e santas que servem de modelo e inspiração para o resto. Ainda bem! Deve ser em nome deles que Papai do Céu mantém esse circo funcionando, uma meia dúzia de justos que - ainda - nos livra de sermos uma Sodoma e Gomorra.

Wednesday, January 30, 2008

O tempo

Dizem que "o tempo traz cura para tudo". Não acredito. Ou acredito que seja uma meia verdade. Tudo pode se resolver a seu tempo, mas nem sempre o tempo da solução é o meu tempo, o seu tempo, o nosso tempo. Sempre se disse, no tempo futuro, de que esse é "o país do futuro".

Não duvido, só sei que é do futuro do pretérito no meu tempo, ou seja, eu morrerei sem ver esse sonhado país do porvir, como já aconteceu com os pais, os avós e os bisavós de muita gente boa. E como ainda vai acontecer com os filhos, netos e bisnetos de muita gente boa.

Os norte-americanos se aproximam do tempo em que se livrarão de Bush, um malpasso na história daquele país; nosso tempo ainda vai chegar, teremos de suportar Da Silva e sua companheirada por mais três anos. A diferença é que, se Bush foi lá um acidente, Lula é aqui a normalidade. Não acredito que o futuro nos reserve coisa melhor. Nosso povo não é o que se poderia chamar de sábio.

Mas tudo é uma questão de tempo. Mais alguns milênios, quem sabe?

Thursday, May 17, 2007

Questão percentual

Costuma-se dizer que ninguém pode querer fazer dessa terra o paraíso. O édem acabou há muito tempo, restou essa terra de provações habitada pelo imperfeito homem. Esse imperfeito, que significa longe de querer ser um Deus, ou de ser infalível, não quer dizer também que se refere a um demônio na terra.

Em outras palavras: conviver com as imperfeições, ser tolerante, não significa admitir tudo de todos. A coisa pode ser explicada em termos percentuais. Quando o bem impera, apesar de existir algum mal, devemos ser tolerante e atribuir esse mal existente a nossa imperfeição.

O que eu estou achando é que o nosso percentual de maldades, o percentual brasileiro já passou dos tubos, já transbordou, atingiu níveis insuportaveis. Existe pouco bem para muito mal, se é que me entendem. Aonde quer que se examine, onde quer que se ponha os olhos, só se vêem maldades. Haja!

Thursday, April 26, 2007

Eu falei em abobrinhas?

Leia essas notícias publicadas pela imprensa, e depois me diga qual a maior bobagem?
"Encontrada Kriptonita (sic) na Sérvia".
"Inaugurada Copacabana virtual".
"Dia de Freio Galvão pode se tornar feriado".

Saturday, April 14, 2007

Cansaço


A prisão dessa nova quadrilha de malfeitores que explorava o jogo ilegal no Rio de Janeiro, expõe a nossa eterna chaga: a corrupção.

Tanto pela relevância das funções desempenhadas pelos quadrilheiros (desembargadores, procuradores da república, juízes, delegados federais, etc), como pela reincidência - senão específica, mas de casos semelhantes - dá um certo desânimo no comum do povo.

Essa gente agora presa, é gente que recebe os melhores salários da função pública, o que se pode exigir de quem ganha salários modestos?

Se é sabido que a moral não tem preço; o preço de quem vive sendo atingido por escândalos desse tipo qual é?